Mensagem do dia

EU DEVOREI TUAS PALAVRAS

EU DEVOREI TUAS PALAVRAS

 

 SEGUNDA FEIRA- 23-11-2020

OLHAR

Encare hoje as pessoas com este olhar: O reino de Deus se constrói “nas atormentadas vicissitudes da história”. Deus, do meio da noite, faz despontar um novo dia. Cristo não faz desaparecer a morte magicamente do mundo, mas também não nos abandona ao nosso destino de morte.

ORAÇÃO

O Senhor restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome. (Sl 23(22),3).

CONVICÇÃO

No Ressuscitado, Deus subtraiu à morte o poder de dizer a última palavra sobre o homem. O grande teólogo Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI escreve: “Com efeito, uma coisa é certa: existe uma noite, em cujo desolado abandono não chega voz alguma; existe uma porta, através da qual só podemos passar exclusivamente sozinhos: é a porta da morte. Qualquer medo que impera no mundo, em definitivo é medo desta tremenda solidão. Mas Cristo atravessou a soleira da nossa última solidão, com sua paixão mergulhou neste abismo do nosso extremo abandono. Lá onde nenhuma voz não consegue mais atingir-nos, Ele agora está presente: no seio da morte agora pulsa a vida, porque ali habita o amor”.

SÚDITOS DE JESUS

A fé na realeza de Cristo não tem o seu específico no minimizar a morte, mas no proclamar o seu caráter “penúltimo”. Por isso o cristão pode viver a morte de modo novo, demonstrando-se súdito do novo Rei. Embora experimentando o seu amargo fruto, pode, inclusive, chamá-la de “irmã morte” como são Francisco de Assis, desde o dia em que o Rei do universo a viveu por nós, no amor. A ressurreição que Paulo põe como fundamento da realeza de Cristo, não é uma escapatória da morte, mas a potência vivificadora de Deus, que se derrama sobre aquele que entrou totalmente na morte, suportando a máxima passividade e aniquilamento… O cristão “não finge” que morre, por isso a sua é verdadeira ressurreição, um superar definitivamente a morte, depois de ter passado por dentro dela.