SEXTA FEIRA – 02/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: O fariseu acredita que já ficou justo, e o seu ato religioso se torna meio de uma glorificação pessoal, ou um meio para exercer o poder. Devemos arrancar do nosso coração a tentação para viver como fariseus, empenhar-nos numa procura da vontade de Deus que se realiza através de uma luta cotidiana, com uma opção contínua, com uma conversão incessantemente renovada.
ORAÇÃO: O Senhor se faz íntimo de quem o teme, dá-lhe a conhecer sua aliança. (Sl 25(24), 14).
CONVICÇÃO
A parábola dos dois filhos chamados para trabalhar na vinha põe em destaque o contraste entre o dizer e o fazer, entre palavra e ação. A obediência a Deus não consiste em dizer “sim”, mas em fazer o que Deus quer no momento presente, em sintonia com a pregação de Jesus. Não podemos subtrair-nos a esta exigência, sob o pretexto de obedecer a um código de prescrições, cuja origem divina pode ser contestada. A vontade de Deus não se confunde com um acúmulo de leis que bastariam ser observadas. Obedecer significa dar uma resposta pessoal a um Deus que chama, e que muitas vezes propõe exigências duras e imprevisíveis. As práticas religiosas perdem o seu valor quando procuram para o homem uma segurança que o leva a negligenciar o apelo que Deus dirige aos homens por meio da pregação de Jesus.
REFLEXÃO
Quanto mais nos adentrarmos na vida, mas sentimos agravar-se sobre nós o peso do passado. Percebemos que estamos condicionados; pesam sobre nós, em bem e em mal, as opções feitas, as ocasiões perdidas, os erros cometidos, os hábitos adquiridos. Quem sente pesar sobre si um passado negativo, pode correr o risco de se desencorajar, pensar que agora já não pode mais mudar, já não tem mais um futuro. Quem sente em suas costas um passado positivo, corre também o risco de se orgulhar, fechar-se, pensar que está seguro, com garantias definitivamente estabelecidas