QUARTA FEIRA- 11-11-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A forma própria da vida do cristão é a expectativa e a esperança. Este é um dos temas essenciais do Evangelho de domingo, em que a liturgia nos faz refletir sobre um elemento da esperança cristã que podemos definir como “Vigilância”.
ORAÇÃO
Em ti Senhor eu me saciarei como num farto banquete e com vozes de alegria te louvará minha boca. No meu leito te recordo, penso em ti nas vigílias noturnas, pois tu foste meu auxílio; exulto de alegria à sombra de tuas asas. (Sl 63(62),6-8).
CONVICÇÃO
A expectativa do Senhor não é obra de uma sabedoria e prudência humana, fundada sobre o dever, sobre a razão, sobre a vida, sob o pretexto da fé. Ela é obra do servo fiel e prudente, e a parábola de domingo acentuou a diferença estabelecendo oposição entre virgens “estultas” e virgens “sábias”, que refletem e fazem previsão. Prudentes até na sua recusa, no momento do pedido de empréstimo: com estas condições elas estão prontas e entram com o esposo no banquete nupcial. Existe, portanto, no interior da fé, um uso da razão que não é destruída, mas transfigurada; ela se concentra sobre a vinda do Senhor, porque está convencida que tal evento significa a realização definitiva de todos os valores, por isso serve-se de todos os meios para se manter fiel e preparada, e esta é exigência de um amor, de uma obediência e de um desejo absolutos.
PROCURA DO SENHOR
O mais maravilhoso é que a vigilância cristã é feita ao mesmo tempo de intensidade de desejo e de lucidez de olhar. É como o fruto da sabedoria divina que se recebeu como dom, e que faz da própria vida um esforço de procura do Senhor. O ingresso nas núpcias é o ingresso na alegria do Senhor que nos possui, que nos cumulou de bens, e que nos recompensará com a sua alegria reunindo-nos todos juntos com Ele: este e o caráter escatológico do empenho cristão.