SÁBADO – 07/11/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A Igreja que se divide em hierarquias e classes, não desempenha mais a função que Cristo deu a seus amigos; não está em alternativa, mas em rivalidade e concorrência com o poder. A Igreja dos escribas e fariseus que Jesus rejeitou, permanece uma constante ameaça para a verdadeira Igreja de Cristo.
ORAÇÃO
Te louvo, ó Senhor, entre os povos, e louvarei com cânticos o teu nome. (Sl 18(17),50)
CONVICÇÃO
O inimigo que impede a convivência comum é a desigualdade, e ao mesmo tempo a superposição de um homem sobre o seu semelhante. Jesus morreu para de todos fazer uma família. Ele recusou qualquer supremacia como insinuação diabólica, e não tolera que se instaure entre os seus seguidores. A sua comunidade é um ninho que acolhe irmãos, e se aí houver alguém que reivindica alguma superioridade sob outros, esta consiste numa superior capacidade para se abaixar o mais possível para o bem de todos. Só nisso se coloca uma alternativa concreta para todas as formas de poder presentes na sociedade.
DUAS IMAGENS DE IGREJA
Mateus oferece duas imagens de Igreja: uma farisaica, pomposa, exteriorista, dominada por chefes ávidos de honras e de poderes, com leis ameaçadoras, complicadas, impossíveis; a outra, uma Igreja cristã, constituída por amigos, por iguais e por irmãos. As situações se evocam mutuamente. O sacerdócio judaico é legalista. O ensinamento farisaico está centralizado no culto, na pureza sacral e confere um poder a quem o exerce; o sacerdócio de Cristo se desenrola na história. No meio dos homens, não no templo, oferecendo a todos o próprio auxílio para libertá-los da penúria, do mal e da dor. É esta a boa nova que os homens esperam. Ela se identifica com o fim dos males, da dor, da pobreza, do sofrimento e com a consecução da felicidade e da paz. Uma “linda celebração” não muda a sociedade tanto quanto um ato de bondade.