TERÇA FEIRA- 03/11/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A Igreja foi feita para servir. Uma Igreja que se esquece de seu próprio pecado, automaticamente se torna dura de coração, imbuída de sua própria justiça, anunciadora de desgraça e de catástrofe, merecendo então as maldições dirigidas aos escribas orgulhosos. A fronteira do bem e do mal passa pelo coração de cada um, apenas o perdão de Deus mantém a Igreja na existência.
ORAÇÃO
Confia no Senhor, ó Israel, desde agora e por toda a eternidade! (Sl 130,3).
CONVICÇÃO
“Não chamem a ninguém de Mestres… não chamem a ninguém de Pai… Um só é o Mestre de vocês… um só o Pai”. Estas palavras parecem fundamentar uma espécie de “anarquismo sagrado”, na recusa radical de qualquer autoridade terrena. Na polêmica do Evangelho de domingo, o que está no centro de interesse é a autoridade dos fariseus e dos chefes do povo. Autoridade procurada como fonte e expressão de prestígio, na observância exterior ostentada de práticas religiosas; autoridade usada como instrumento de domínio na imposição de pesos e tradições, na chantagem sobre as consciências. “Façam conforme ensinam, mas não façam conforme fazem”. É a mesma coisa que é dita a respeito de padres, em toda a Igreja, quando as incoerências dos cristãos são lançadas no rosto, com amor e com ódio, como expressão sofrida de um desencanto, que se experimenta diante de uma “fé” que fica vazia, ou como álibi diante de compromissos demasiado exigentes.
COERÊNCIA
Devemos ser de acordo com a nossa vocação cristã, assim especialmente segundo a vocação especificamente apostólica: coerentes como Paulo, humildes como canta o salmo responsorial: “Senhor, meu coração não é orgulhoso, não vou à procura de coisas grandes”. É esta a maneira digna de servir a Deus, a fim de conseguir a fecundidade dos frutos e caminhar sem obstáculos em direção aos bens prometidos.