DOMINGO- 01/11/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Jesus denuncia nos fariseus a “hipocrisia”: “dizem e não fazem”, e a vaidade: o importante para eles é “aparecer” como radicais observadores das normas para se colocarem acima dos outros. Na falta de verdadeira santidade “fingem” tê-la.
ORAÇÃO: Senhor, meu coração não é orgulhoso, nem se eleva arrogante o meu olhar; não ando à procura de grandezas, nem tenho pretensões ambiciosas! (Sl 130,1).
CONVICÇÃO
Jesus não quer ostentação de vaidade na sua Igreja, precisamente porque a concebe e a quer como sociedade de “irmãos”, na qual os encargos e os ministérios não são para se sentirem “mais”, mas colocar-se “abaixo” dos outros, isto é, ao seu serviço. Pai só existe um, aquele que está nos céus, do qual todos sempre temos que aprender “um pouco” de “paternidade”. “Mestre”, também, só existe um, é o Cristo que continua a ensinar-nos o seu Evangelho, escrito “uma vez para sempre”, e com a luz do seu Santo Espírito, o único título que Jesus permite na sua Igreja é o de “irmãos”: “Vocês são todos irmãos”. Este título é de tal forma comprometedor, que talvez jamais cheguemos a atribuí-lo a nós com plena verdade, como, quem sabe, o conseguiam fazê-lo os primeiros cristãos, que como apelativo usavam precisamente o de “irmãos”, e só deste.
TÍTULO DE AMOR
É difícil o título de “irmão”, primeiro, porque é título de amor: para chamar-nos “irmãos” é preciso que nos sintamos como tais. Segundo, porque é título de humildade: todos os irmãos são iguais, e se alguém se destaca, ou por idade ou por capacidade, é sempre um irmão entre irmãos, aliás, mais amado na medida em que for mais “irmão” do que “chefe”: “o maior dentre vocês seja o servidor de vocês; porque quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”. Foi o que aconteceu com Jesus na sua experiência histórica: a abjeção da cruz culminou na exaltação da ressurreição.