SEXTA FEIRA – 30/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A Liturgia do domingo que passou pretende inculcar-nos o dever de “unir” os dois amores, de tal forma que se torne impossível o amor de Deus sem o amor do próximo, como o amor do próximo sem o amor de Deus.
ORAÇÃO
O caminho de Deus é perfeito, sua palavra é comprovada, ela é um escudo para todos que nele buscam refúgio. Pois quem é Deus senão o Senhor? Quem é um rochedo senão o nosso Deus? (Sl 18(17),31-32)
CONVICÇÃO
O segundo mandamento dado por Jesus parece pedir algo já exigido no primeiro. Se devemos amar a Deus com tal totalidade, como poderá sobrar ainda algum lugar para os outros? E, no entanto, o segundo mandamento diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, isto é, você terá com o seu próximo aquele cuidado, aquela atenção, aquela dedicação solícita que deseja que o próximo tenha com você, em relação à qual você é tão sensível e tão capaz de julgar. Isso quer dizer que o coração tem possibilidades sem limites, e quando está cheio do amor de Deus, precisamente então, é que pode encher-se do amor do próximo, com a delicadeza e a ternura expressas na comparação “como a ti mesmo”.
INSPIRAÇÃO
Os cristãos já foram acusados de viver demais com o nariz enfiado no céu, com os olhos em êxtase em Deus e menos voltados para os homens, com todos os seus problemas e dificuldades: um “dar atenção” ao céu, de tal forma que “se esquece” da terra. Esta acusação é falsa. Mas, para certos fiéis, esta “tentação” existe: privilegiar de tal forma o amor de Deus que sacrifica o amor do próximo, porque o amor de Deus é mais exaltante, mais emotivo, mas místico. De fato, Deus é sempre grande e magnânimo, inclusive no perdão, e por isso somos levados a achar que o entrar em acordo com Ele é mais fácil. O homem, pelo contrário, é pequeno, mesquinho e, dum jeito ou do outro, nos pega pelo pé