QUARTA FEIRA – 21/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A política não é tudo: é instrumento de solução dos mais fundamentais problemas da convivência humana; é um campo vastíssimo que se abre para o cristão, que quiser viver a fundo a Caridade de Cristo. Mas ela não é a fonte da Caridade, da unidade do gênero humano em Cristo.
ORAÇÃO
Dai ao Senhor a glória do seu nome. Trazei oferta e entrai nos seus átrios, adorai o Senhor na sua santa aparição. Tremei diante dele, terra inteira. (Sl 96(95), 8-9).
CONVICÇÃO
Para reedificar a cidade santa de Jerusalém, no ano 500 antes de Cristo, após a destruição levada a efeito pelos assírios, Deus se servirá não de um rei hebreu, mas de um rei persa e por isso pagão, por nome Ciro. Isso quer dizer que Deus escolhe os seus instrumentos para a nossa salvação em absoluta liberdade. “Porque – diz Ele – eu sou o Senhor e não há nenhum outro.” […] O homem consciente de todas as dimensões da sua realidade, não pode evitar o comprometimento político: o cristão não faz exceção a essa regra. A sua fé não o exonera, pelo contrário o mergulha ainda mais decididamente nos problemas da libertação humana. Não se pode tomar como pretexto a “relatividade” do político para dele fugir. É o campo em que certas profissões de universalismo e de interesse pelo próximo se tornam “carne”.
CONDIVISÃO
Da fé não decorre uma política, mas decorre bem claro o “sentido” para o qual deve se orientar um cristão que faz política: a libertação na condivisão. E decorre bem claro o “significado” de salvação que, para os que têm fé e os que não têm fé, o compromisso político assume: “O que fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizeste”. “Eu te chamei pelo nome, eu te dei um título, embora tu não me conheças”, poderia Deus repetir a tantos “Ciros” dos nossos tempos, que muitas vezes precederam os cristãos em certos caminhos de libertação