DOMINGO – 18/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Na leitura de Isaías, Deus se servirá não de um rei hebreu, mas de um rei persa e por isso pagão, por nome Ciro. Isso quer dizer que Deus escolhe os seus instrumentos para a nossa salvação em absoluta liberdade. “Porque – diz Ele – eu sou o Senhor e não há nenhum outro.”
ORAÇÃO: Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome, anunciai dia após dia a sua salvação. (Sl 96(95), 1-2).
CONVICÇÃO
Deus antes de tudo e acima de tudo, chave do pensamento central da liturgia deste domingo. A passagem do Evangelho é dominada pela célebre frase de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. O acento é posto não tanto sobre os relacionamentos entre Jesus, e por isso entre a Igreja, e o poder temporal, mas sobre a prioridade absoluta de Deus, pois em sua providência são regulados os acontecimentos humanos, em suas mãos estão os destinos dos homens e dos povos. É a afirmação da liturgia, de uma verdade que está no centro de toda a história da salvação e, portanto, do dever que o homem tem de reconhecer a grandeza e a bondade de Deus, e de elevar a ele, com as palavras e com a vida, o seu cântico de louvor. É Deus quem por primeiro vem ao encontro do homem. É ele que sempre toma a iniciativa, e deixa a sua marca em todos os acontecimentos humanos.
GRANDE É O SENHOR!
Ciro, mesmo sendo pagão, é chamado o Ungido de Deus, aquele que é escolhido por Deus, que guiado por Deus para começar, com a libertação do povo, aquela grande obra de restauração que devia fazer amadurecer a realização do desígnio de salvação. Diante desta paterna providência de Deus, uma só deve ser a resposta do homem: dar a Deus o que lhe compete, isto é, o amor, a adoração, o louvor. O salmo responsorial é um hino de louvor, ao poder, à grandeza e à glória infinita de Deus: “Grande é o Senhor e digno de louvor”.