SÁBADO 10/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Jesus exprimiu um juízo assaz positivo e otimista sobre nós, povos pagãos, quando disse que o Reino de Deus “será tirado dos hebreus e será entregue a um povo que faça frutificar”. Nós somos este povo. Merecemos o louvor de Jesus? É verdade que fazemos frutificar este dom da fé e da redenção? Não estamos acaso nos tornando como os hebreus daquele tempo?
ORAÇÃO
Deus dos exércitos, restaura-nos, faze brilhar teu rosto e seremos salvos. (Sl 80(79), 20).
CONVICÇÃO
Nos textos do domingo – menos o da segunda leitura – domina a imagem bíblica de vinha. É uma imagem que ocorre seguidamente na Sagrada Escritura, e serve para exprimir o relacionamento entre Deus – o agricultor – e o seu povo que é a vinha por Ele plantada e amorosamente cultivada. “A vinha do Senhor é o seu povo”. A imagem fala antes de tudo do cuidado, e por isso do amor que Deus nutre pelo seu povo: toda a história da antiga Aliança e, principalmente o mistério da encarnação, documentam este amor imenso de Deus por nós.
O PAI É O AGRICULTOR
É necessário que a vinha corresponda aos cuidados do agricultor. Infelizmente em Israel esta correspondência falhou e muitas vezes, aliás, faltou por completo, no momento culminante da aceitação do “Filho” que veio recolher os frutos: é este o mistério da infidelidade e do consequente repúdio do povo primogênito, um mistério a respeito do qual é inútil indagar e descobrir os porquês, um mistério sobre o qual também o apóstolo Paulo, hebreu, chorava desconsolado. Mas nós, novo povo de Deus, e, portanto, nova vinha do Senhor, devemos ter cuidado para não seguir o mesmo caminho de Israel. Daí a nossa humilde oração para que o Senhor se digne guardar esta vinha e ajudá-la na fidelidade da frutificação. Jesus é a videira, e nós somos os ramos.