DOMINGO – 04/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A liturgia da palavra deste domingo centraliza-se toda na imagem da vinha do Senhor, e exalta a incessante ação de salvação, que Deus realiza no mundo, não obstante a falta de correspondência humana.
ORAÇÃO: Deus dos exércitos, restaura-nos, faze brilhar o teu rosto e seremos salvos. (Sl 80(79), 4)
CONVICÇÃO
“Arrancastes uma vinha do Egito – diz a primeira estrofe do salmo – para transplantá-la expulsastes nações; ela estendeu os seus ramos até o mar, e até o rio os seus rebentos”. Incansável inciativa de Deus! Em linguagem poética, é a evocação daquilo que Deus fez pelo seu povo. Ele sempre foi fiel à aliança que ele mesmo propôs no Sinai, e sempre o acompanhou no longo caminho da sua história. História da fidelidade de Deus – um os principais atributos de Deus na Bíblia -, mas também história de infidelidade do povo… Depois de tantos cuidados, ele esperava que produzisse frutos. Mas ela só produziu uvas amargas; ou, como diz o Evangelho, foram os agricultores que negaram ao dono o gozo delas, até maltratar não apenas os seus enviados, mas o seu próprio filho.
HOJE SOMOS NÓS!
Na liturgia, uma história da infidelidade do povo: os ouvintes de Jesus não acham dificuldade em perceber o significado da parábola, e o exprimem na resposta a reação que Jesus precisamente queria provocar: “O dono da vinha – dizem -, fará morrer impiedosamente aqueles malvados, e entregará a vinha a outros vinhateiros, que lhes entreguem os frutos no seu devido tempo”. Pensamos no antigo povo de Deus, na sua escolha, nos inúmeros dons recebidos, e na resposta ingrata que deram ao Senhor, ao ponto de não querer reconhecer o seu Filho e a entregá-lo à morte mas a história envolve toda a humanidade, e o novo povo de Deus: nós! Não é muito difícil a sua aplicação. E é a isso precisamente que a liturgia nos convida.