SÁBADO – 03-10-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: O passado certamente tem o seu peso, mas o chamado de Deus nos atinge no presente e nos restitui à responsabilidade pessoal, à nossa dignidade de cooperadores de Deus na construção do futuro.
ORAÇÃO
Tenho os olhos fixos no Senhor, pois ele livra do laço o meu pé. (Sl 25(24), 15).
CONVICÇÃO
A resposta que Deus pede de nós não é uma resposta dada uma vez por todas. Deus pode irromper na vida com um novo problema para resolver, uma cruz nova para carregar, um novo serviço para fazer, um novo irmão para amar. Certamente a sua vontade também se manifesta através das indicações perenes da Lei, e a perseverante fidelidade a ela, o hábito do bem, a virtude, nos ajudam a dar respostas positivas no futuro. Mas para que a nossa resposta a Deus seja viva e autêntica, ela deve ser sempre uma resposta nova, dada momento por momento, procurada dia por dia, com coração de pobres, na atenção às pessoas e aos acontecimentos, através dos quais o Pai nos chama a inserir-nos no seu desígnio de salvação.
“JUSTOS”
A incapacidade dos fariseus deles de reconhecer os profetas, primeiro João Batista e depois Jesus, desmente a sua pretensa religiosidade e mostra o seu radical afastamento de Deus; na realidade, nem no passado eles viveram a autêntica obediência a Deus. Como se pode entender este desconcertante paradoxo de Jesus, acolhido por pecadores e rejeitado pelos justos? Porque tais “justos” desconheceram a gratuidade da salvação, viram em Deus aquele que recebe deles e não aquele que se doa; materializaram o seu relacionamento com Deus numa série de prestações mensuráveis e qualificáveis, e assim acharam que o haviam regulamentado uma vez para sempre. O Deus deles se tornou um Deus velho, que não tem nada de novo para dizer.