SEGUNDA FEIRA- 14-12-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Na liturgia de domingo nos foi dirigido o convite à alegria, à abertura, ao confronto sereno, para ouvir a profecia sempre presente, para “conservar o que é bom”, para “não extinguir o Espírito”.
ORAÇÃO
O Senhor olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz. (Lc 1, 48).
CONVICÇÃO
A sinceridade e o sentido da própria realidade com a qual João responde aos que o interrogam, manifestam o autêntico profeta: um homem consciente de que somente precisa anunciar, na plena disponibilidade para Deus que o envia, uma verdade que não é a “sua” verdade, mas uma mensagem à qual ele mesmo adere pela fé. É um homem plenamente consciente da sua missão, que pagará com a vida a sua fidelidade; não retira nada do que sente que deve dizer; não tem medo de nenhuma “autoridade”, “religiosa” ou “civil” quando a mensagem que recebeu é por elas pisada ou ignorada; mas ao mesmo tempo está plenamente consciente dos próprios limites, não se arroga um lugar que não é o seu: “Eu não sou o Cristo”.
FIDELIDADE A CRISTO
Qual é o sentido autêntico da nossa presença cristã, da presença da Igreja no mundo? Nós não somos o Cristo. E, no entanto, se diz e se repete que o cristão e “outro Cristo”. Nós temos necessidade de ser libertados do mal. E, no entanto, nos é pedido que levemos libertação ao mundo. Advertimos todo o peso dos nossos fechamentos, das nossas estreitezas e superficialidades, do medo diante de qualquer realidade que ponha em discussão os esquemas de pensamento e comportamento aos quais nos adaptamos. A própria exigência de fidelidade a Cristo, à Igreja, ao Magistério, à “doutrina católica”, muitas vezes nos soa como apelo a uma fixidez, que pouco tem a ver com a vitalidade da mensagem evangélica.