QUARTA FEIRA- 09-12-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Em nossos dias, como nos tempos de Isaías e de João Batista, é preciso preparar uma estrada no deserto. É preciso traçar uma pista no meio da indiferença, porque o Senhor vem, também para os que não o esperam.
ORAÇÃO
Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam. A fidelidade brota da terra e a justiça se inclina do céu. (Sl 85(84),11-12).
CONVICÇÃO
Esperamos um menino e sabemos que ele será “sinal de contradição”. É-nos dito que Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, será “Deus conosco”, mas, no entanto, será condenado como blasfemador e negador de Deus. O menino que esperamos, amanhã será um homem livre, que para viver esta liberdade recusará qualquer forma de poder; será um homem pobre, que viverá e ensinará a pobreza como plena disponibilidade para Deus, e plenitude de condivisão para o homem; será um homem apaixonado pela verdade, capaz de descobri-la e fazê-la emergir em qualquer lugar; capaz, sobretudo, de fazer emergir continuamente aquela verdade do homem, que consiste em ser imagem de Deus.
QUE SENHOR ESPERAMOS?
Não sei o que faremos se o Senhor que esperamos continuar a ser um Menino Jesus, ou, eventualmente, também um “Crucificado” que não perturba as nossas consciências, e nos dispensa de viver no concreto do dia de hoje a sua liberdade, a sua pobreza e condivisão, a sua procura da verdade sobre Deus e sobre o homem; que abate qualquer esquema pré-constituído, qualquer barreira e qualquer marginalidade.
“O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça. Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz. (2Pd 3,13-14).