QUARTA FEIRA- 02-12-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Não faltar ao encontro com o Senhor que volta significa saber perceber a sua presença nas realidades históricas. Não se improvisa o encontro final com Deus. Cristo só “nos reconhecerá” diante do Pai se o reconhecermos diante dos homens.
ORAÇÃO
Senhor, tiraste uma vinha do Egito, para transplantá-la expulsaste os povos. Preparaste-lhe o terreno; ela criou raízes e encheu a terra. Sua sombra cobriu as montanhas e seus ramos, os mais altos cedros.(Sl 80(79),9-11)
CONVICÇÃO
No tempo de Advento podemos e devemos “limpar” o nosso olhar para estar em condições de reconhecer a presença do Senhor onde quer que Ele escolha fazer-se presente. Onde outros não conseguem ver senão aspectos políticos e terrenistas, misturados de interesses e confrontos de forças a ser julgadas conforme as ideologias que os justificam, nós podemos e devemos saber ver a presença libertadora de Cristo, não obstante a concomitante presença do pecado. Reconhecer Cristo que “volta”, mas já está presente na atormentada história do nosso tempo, é um ato de vigilância, é ruptura com esta ambiguidade que torna “como roupa suja” também os nossos “atos de justiça”.
INSPIRAÇÃO
“Vigiem, porque vocês não sabem quando o senhor voltará”: nós tendemos a ler estas palavras quase exclusivamente na perspectiva da morte, da “prestação final de contas”. Não há dúvida, a morte significa o momento do nosso pleno e definitivo encontro com Deus, e chega “na hora que não sabemos”. Mas podemos e devemos lê-las também na perspectiva da vida, do hoje, para aprender a não faltar a inúmeros encontros com a presença libertadora de Deus que se apresentam no cotidiano. O “retorno de Deus” é lido desse jeito por Isaías. Nesta perspectiva também Paulo fala da presença da “Graça de Deus” que nos conservará irrepreensíveis até o fim, no dia do Senhor.