TERÇA FEIRA- 01-12-2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Algumas narrativas populares: poderiam representar o encontro com Jesus em termos tão apertados e restritivos ao ponto de não dizer nada ou fazer com que a coisa só apareça como excepcional, fazer-nos imaginá-la como irreal ou pelo menos irrepetível. Algum privilegiado encontrou Jesus no pobre, mas nós!
ORAÇÃO
Deus dos exércitos, volta-te, olha do céu e vê, visita esta vinha. (Sl 80(79),15)
CONVICÇÃO
Perceber a realidade do retorno de Cristo é sempre um ato de fé. Não é “visão” nem aparição clara e inequívoca: é uma leitura da história cotidiana feita com fé, sem pretender que sinais da presença salvadora de Cristo sejam apenas os fatos isentos de qualquer ambiguidade e absolutamente claros. Também nos seus momentos de libertação a nossa vida conserva espaços nos quais precisamos ainda implorar: “Livrai-nos do mal”. Lendo com fé a história do seu tempo, Isaías reconhecia “a presença de Deus” nos fatos históricos que restituíam a liberdade ao povo de Deus. Dessa forma seguia a tradição de fé de um povo que desde as suas origens havia aprendido a crer na presença e na intervenção de Deus na história do homem. Mas com isso não tolhia e não esquecia nada do que de violento e de ruim aqueles fatos haviam comportado: ódio, destruição de povos, massacres gratuitos e impiedosos, etc.
INSPIRAÇÃO
Diante dos movimentos de libertação que há na história, o nosso olhar tende a perceber com facilidade os elementos deteriorados ou caducos. Nem sempre consegue ver “atrás deles” aquilo que é sinal, antecipação e caminho em direção àquele “amanhã” que será a plenitude de vida com Deus. Disso tudo, em seus aspectos de libertação e de amor, está cheia a nossa existência […] Manifestações das “grandes coisas” que Deus realiza no homem e para o homem, mesmo com toda a carga de ambiguidade e de pecado que possam trazer dentro de si.