SEXTA FEIRA – 06/11/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: É preciso que cada um de nós se revista de grande humildade, se reconheça pequeno diante de Deus, e não ouse usurpar a sua glória. Que se reconheça como simples instrumento. Esta atitude interior que resplende em São Paulo, exprime-se na súplica a Deus, no humilde sentir de si, na doçura da caridade fraterna. Porquanto, todos somos e nos reconhecemos filhos do mesmo Pai e discípulos da única Palavra que nos é anunciada.
ORAÇÃO:
Viva o Senhor e bendito o meu rochedo, seja exaltado o Deus meu salvador, (Sl 18(17),47)
CONVICÇÃO
Segundo Malaquias, Deus recorre até à chantagem – promete converter as “bênçãos” em “maldições” -, se não for ouvido, mas se trata de um dos tantos antropomorfismos – imagens humanas ou humanizadas de Deus -, que se encontram no livro sagrado. Deus não é o “grande rei, nem o Senhor dos exércitos”, nem mesmo o “pai” só de Israel, mas sim de todas as nações, dirá Jesus no Novo Testamento. E por isso espera de todos um comportamento à altura de filhos. Malaquias prenuncia os novos tempos no apelo à expectativa, à fraternidade, ao abandono de qualquer hostilidade e perfídia.
REALIZADOR DO BEM
Paulo não se designa como um “sacerdote”, mas como um “apóstolo”. Ele fez uma experiência singular que modificou a sua vida, agora posta à disposição de Cristo e a benefício dos próprios semelhantes. Ele se tornou um arauto do Evangelho. Não tanto um portador de boas notícias, quanto um realizador do bem. A palavra de Deus precisa ecoar até de cima dos telhados; o anúncio não pode ser encantonado, mas avança principalmente através do testemunho, das boas ações dos que tem fé. Paulo se apresentou aos Tessalonicenses não como um mestre de verdades misteriosas, mas como um benfeitor, um pai; uma mãe “que nutre e tem cuidado dos seus filhos”.