TERÇA FEIRA- 27/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: É difícil realizar as diversas exigências do amor e em particular as características de universalidade e concreticidade. Como poderemos superar as barreiras que criam divisão e opressão na humanidade, sem correr o risco de atraiçoar.
ORAÇÃO
Na minha angústia invoquei o Senhor, ao meu Deus gritei por socorro; lá do seu templo ele ouviu minha voz, chegou meu grito aos seus ouvidos. (Sl 18(17),7)
CONVICÇÃO
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo… Amarás o Senhor teu Deus como todas as tuas forças, acima de qualquer coisa”! São palavras que ressoam tão óbvias, depois de séculos de cristianismo, tão óbvias, que chegam a perder o seu significado provocatório; chegam até perder as dimensões de concreticidade do amor; até perder inclusive o sentido da convergência e, no fundo, da semelhança dos “dois mandamentos fundamentais”. Não existe senão um amor só: “Se alguém tem riquezas deste mundo e vendo o seu irmão em estado de necessidade lhe fecha o coração, como estará nele o amor de Deus?” (1Jo 3,17). Diante da palavra de Deus, não há como fugir da realidade: um amor que reduz a devoto sentimento e não se torna vida concreta, é negação de si mesmo.
AMOR, DOM DE DEUS
Devemos constantemente converter-nos para o amor. Porque, de fato, em nossa vida, nunca amamos bastante: não somos suficientemente disponíveis para Deus, para realizar a sua vontade de salvação no amor. Por isso fazemos ficar tão “genérico”, este “amor que deve ser dado a todos”, que concretamente não o fazemos chegar a ninguém ou só a pouquíssimos. E o que acontece muitas vezes é que é mais fruto de uma certa benevolência humana, alimentada por motivos terrenistas ou por espírito de parte, do que por verdadeira disponibilidade para viver o dom do amor que vem de Deus.