QUINTA FEIRA- 22/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: A leitura do profeta e a leitura do Evangelho do domingo nos convidam a refletir sobre um tema de grandíssima atualidade: a atitude do homem de fé diante do poder e da opressão. Digamos também, da vida social e política em geral.
ORAÇÃO
Adorai o Senhor na sua santa aparição. Tremei diante dele, terra inteira. Dizei entre os povos: “O Senhor reina!” Ele sustenta o mundo para que não vacile; julga as nações com retidão. (Sl 96(95), 9-10).
CONVICÇÃO
Os cientistas políticos da época de Isaías certamente relevaram que o regime persa era mais liberal que o babilônico, mas era sempre um imperialismo. Mas, para o povo foi libertação, possibilidade de voltar para a própria terra e ligar-se de novo às suas tradições, voltar a existir como povo. E tudo isso aconteceu por obra de um pagão, que nem sequer conhecia o Senhor. […] Ciro, que está submetendo todo o Oriente, é um jogo nas mãos de Deus. O povo deve fundar de novo a sua fé na liberdade absoluta do Senhor, no seu total domínio sobre os acontecimentos da história. A fé deve ser fé na onipotência, e qualquer situação está nas mãos de Deus para que ele nos mostre o que é.
VIVER DE FÉ
Também para nós que vivemos hoje a nossa escravidão, este discurso vale ainda. Deus se serve de um exílio e de uma pressão para converter o seu povo e reeducá-lo na fé. Deus escolhe uma obra de libertação material e histórica, para mostrar que Ele era o Senhor dos acontecimentos e das libertações. Também a nossa opressão de hoje é para a conversão e para a fé, e não sabemos se o Senhor nos enviará sinais concretos e materiais de libertação, para dar-se a conhecer a nós. A única coisa que sabemos é que o decisivo está no viver de fé. Se não se vive de fé, também o expulsar o estrangeiro não vale nada, também o ter ajeitado a estrutura social de modo a suprimir o desfrutamento não serve. Quem sabe, hoje, só no viver de fé já está uma libertação.