SEGUNDA FEIRA – 19/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Paulo na primeira Carta aos Tessalonicenses rende graças a Deus por tudo o que fez naquela fervorosa comunidade de irmãos. Dar a Deus é precisamente este o sentido do domingo, da celebração da Eucaristia que o consagra.
ORAÇÃO
Todos os deuses das nações são um nada, mas o Senhor fez os céus. Majestade e beleza estão à sua frente, poder e esplendor moram no seu santuário. (Sl 96(95), 5-6).
CONVICÇÃO
O cristão que vive no mundo e faz parte de uma sociedade, reconhece os seus direitos, cumpre os seus deveres; mas tanto melhor o fará, quanto mais reconhecer principalmente os direitos de Deus e os deveres que o ligam a Deus. Daqui decorre o empenho missionário, porque como diz a primeira leitura, do nascer do sol até o seu ocaso, todos sabemos que fora Deus não há nada, porque só Ele é o Senhor; e que o Filho do homem veio para dar a sua vida em resgate por uma grande multidão, como diz a antífona da comunhão.
PROVOCAÇÃO
“Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César” é mais provocação do que como resposta a pessoas que perguntam, não para obter indicações a respeito dos caminhos de Deus, mas para pegá-lo numa armadilha. Uma expressão à qual se tem dado as mais disparatadas interpretações. Submissão ao poder constituído, desinteresse pelos aspectos políticos da existência humana, fechamento da vida religiosa num intimismo espiritualista, etc… Um pouco de tudo já aconteceu, em certas “leituras” desta frase. Assim como, da mesma forma, às vezes foi evocada para justificar atitudes de não conformismo ou de revolta, lembrando ao César que pretende ser “Senhor”, que “só Um é o Senhor” e “não terás outro Deus além de mim”, dirigido àquele que da autoridade faz uma fonte de opressão, em vez de instrumento de serviço.