SEGUNDA FEIRA – 05/10/2020
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: O amor de Deus por nós, manifestado em Cristo, exige fiel correspondência: permanecer nele, também graças à Eucaristia que recebemos e que transforma nele, Deus.
ORAÇÃO; Pastor de Israel, escuta! Desperta o teu poder e vem em nosso auxílio. (Sl 80(79), 2a.3b).
CONVICÇÃO
A observância das leis, inclusive da organização política e econômica, teria levado os outros povos a dizerem: “esta grande nação é o único povo inteligente e sábio que existe”. Mas Isaías é expectador do agarramento aos bens, da recusa em restituir terras e libertar escravos; da prepotência com que se acrescenta “campo a campos, casa a casas, até se tornarem únicos no país”; a viver uma vida livre da submissão. Mas, certamente, não uma vida de homens “livres”, aliás, de homens que chegam a inverter o sentido da palavra de Deus, quando apresentam a sua riqueza, fruto de injustiça e de prepotência, como “sinal de bênção divina”: homens escravos de uma ideologia de agarramento e superposição, isto até ao ponto de sacralizá-la. Desse modo, o povo de Israel se converte em vinha da qual o Senhor esperava uvas doces, e em vez produz uvas amargas, o povo do qual “Ele esperava a justiça e eis o derramamento de sangue; aguardava a retidão, e eis os gritos dos oprimidos”.
UM RESTO
Jesus retoma a comparação da vinha em escala mais ampla, aqueles aos quais a vinha fora confiada: chefes políticos e religiosos que sobre a corrupção fundamentaram o seu poder, e abençoaram a corrupção e a contrabandearam como “ordem”, a obediência à autoridade estabelecida por Deus. Jesus também chama a atenção para o fim que tiveram os profetas como Isaías. Enviados por Deus, foram assassinados, na expectativa de assassinar o próprio Filho de Deus quando viesse. Mas o Reino de Deus não para apesar disso: Deus encontrará sempre um “resto”, um povo que o fará dar frutos.