SEXTA FEIRA
OLHAR
Encare hoje as pessoas com este olhar: Fazendo o bem, não podemos reivindicar nenhum direito diante de Deus, apenas fazer todo o possível para corresponder ao chamado divino, e tornar-nos sempre menos indignos da participação na sua felicidade infinita.
ORAÇÃO: Fiel é o Senhor em suas palavras, santo em todas as suas obras. (Sl 145(144),13b).
CONVICÇÃO
O comportamento do Senhor da vinha é provocatório e não é de admirar que dê lugar a protestos. É instintivo a gente zangar-se quando vemos que alguém, não por merecimento, consegue algo que só nos foi possível adquirir com duro cansaço. Reflitamos um pouco sobre esses nossos estados de ânimo, que atingem de perto o próprio núcleo da vida cristã, a caridade. “A caridade não é invejosa” (1Cor 13,4). Segundo São Gregório Magno, a inveja entra no número dos pecados capitais, dos quais a soberba é a raiz. Segundo ele, nesse exército do diabo “qualquer vício tem o seu exército: da inveja nasce o ódio, as fofocas, a detração, o gosto pelas desgraças do próximo, a aflição por causa da sua prosperidade”.
MESQUINHEZ
A tristeza talvez seja o sinônimo mais exato e expressivo da inveja. É um sentimento que em si mesmo tem o seu castigo, a sua punição, e por si mesmo denuncia a mesquinhez de quem o experimenta, mesmo quando se ilude sem ser alguma coisa. “Mesquinho é aquele que se deixa matar pela sua chaga, porque ele próprio admite ser inferior àquele de quem sente inveja. Por isso o diabo invejoso procurou arruinar o primeiro homem, precisamente porque se sentia inferior à sua imortalidade” (S. Gregório Magno). “Por isto está escrito”: por inveja do diabo a morte entrou no mundo. Quando esta lívida podridão vence e corrompe o coração, o próprio aspecto exterior indica que grave psicose arrebenta o íntimo. A pessoa não encontra mais alegria nas suas coisas, enquanto se deteriora na sua pena, nascida da felicidade dos outros”.