SEGUNDA FEIRA 21/06/2021
OLHAR
Que faz você do Espírito e da Vida contidos na Palavra que nos foi confiada? Com que consciência repete o grito dos salmos e a única oração que Jesus nos ensinou?
ORAÇÃO
Senhor, do dia para a noite acabas comigo; fico prostrado até o amanhecer; dir-se-ia que um leão está moendo todos os meus ossos. Como a andorinha eu grito, e gemo como a pomba; meus olhos se cansam de olhar para o alto: socorre-me, Senhor (Is 38, 10.20).
CONVICÇÃO
Precisamente por sabermos hoje, melhor que ontem, que nos encontramos não em um mundo completamente terminado, mas num mundo projetado em uma incessante transformação de si, faz-se premente o interrogativo sobre a direção deste impulso vital. Mas este interrogativo não pode ter resposta se quem o formula não sabe já que o mundo foi criado pela Palavra de Deus, e que esta palavra é, desde seu primeiro aparecer, orientada para uma realização. O mundo constituído no pecado, a despeito de qualquer evolução, é um mundo que já acabou, isto é, está irreversivelmente entregue ao fim. Mas a Palavra que criou as coisas é a mesma que ressuscitou Cristo do sepulcro. Entre os despojos da velha criação desabrochou, assim, a primícia da nova criação. Devemos demonstrar com os fatos que esta nova criação não é um mito consolatório, e sim que urge realíssima a partir de dentro de nós e nos torna solidários com quem ajuda o mundo a ter mais vida, mais liberdade e mais beleza. O pecado e a morte são antigos como o primeiro homem; a “nova criação” é, por sua natureza, cada dia diversa, grávida de todo o futuro. O cristão devia fazê-lo compreender isso até com seu modo de encarar as coisas. Se o mundo é triste é porque, entre tantas novidades, não consegue ter um sinal vivo daquela única novidade de quem tem necessidade absoluta.