Poemas de Frei Eurico

 

ADEUS, MEU LAR!  

Foi numa tarde, e era tão linda,

Toda enfeitada de luz solar.

Na dor do abraço de despedida,

Disse chorando, com voz partida:

Adeus, meu lar!

No vento leve que ciciava

Tinha um soluço, um suspirar!

Na flor, no éter, na luz, em tudo,

Pairava o acento de um eco mudo:

Adeus, meu lar!

E assim deixei aquele regaço,

A minha casa tão singular.

Deixei o ninho de minha infância,

Onde era amado e amei com ânsia.

Adeus, meu lar.

Ó casa pobre em que eu vivia,

Tão cedo, cedo fui te deixar!

Ah! Eu te vejo, ó mamãe querida,

Sentir o golpe da despedida!

Adeus, meu lar!                                                                                                                              

Lá bem distante, numa colina,

Sorri-me em flores divino altar!

E no meu peito, num eco fundo,

Deus me convida a deixar o mundo

Adeus, meu lar!

Barra Fria-SC, 27/5/56

                           

 

 

 

 

 

II PARTE

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