Um Instituto de Vida Consagrada Secular, fundado por um Frade Capuchinho, Frei Eurico de Mello, OFMCap, o qual considerava como fundadores da própria obra, São Francisco e Santa Clara de Assis. Portanto, é um Instituto de espiritualidade franciscana e não possui obras de apostolado.
Sua obra é a de Jesus que através do Espírito Santo, continuamente faz frutificar no mundo as sementes da Redenção.
O Carisma do Instituto é “Viver a Consagração total a Deus na:
1. Contemplação;
2. Fraternidade;
3. Apostolado do ser.
Procurando mostrar para o mundo o Rosto de Jesus que viveu lado a lado com os homens e mulheres de seu tempo. Hoje, o Instituto está presente em nove estados do Brasil, em Portugal, Paraguai e Argentina.
Desde a encarnação do Verbo, muitas pessoas são chamadas a seguir o Filho de Deus.
A vida consagrada é seguimento de Jesus pela vivência dos Conselhos Evangélicos de castidade, pobreza e obediência.
O Papa Pio XII, assim inicia a Constituição apostólica Provida Mater: “A Igreja, Mãe solícita, tem empenhado todo o seu zelo e afeto maternal para com os filhos de sua predileção, que consagraram a vida a Cristo Senhor e O seguem livremente pelo árduo caminho dos conselhos evangélicos”.
A expressão do mistério de Cristo que um Instituto de Vida Consagrada tem como inspiração, define três modelos de Vida Consagrada:
• Seguir Jesus que vive na família de Nazaré e convive com os seus concidadãos e compartilha a sua sorte, é a inspiração para a vida consagrada secular;
• Seguir Jesus que anuncia o evangelho, cura, consola, ensina, é o desafio da vida consagrada religiosa apostólica e missionária.
• Seguir Jesus que ora na solidão das montanhas, é o empenho da vida contemplativa, mais comum na vida consagrada religiosa.
Neste “zelo e afeto”, a Igreja oferece uma doutrina e legislação, que define duas formas de vida consagrada:
1. Vida consagrada secular, vivida nos Institutos Seculares, e os seus membros são consagrados (as) seculares, que vivem o ser Igreja como misturada com o mundo.
2. Vida consagrada religiosa, vivida nas congregações e institutos religiosos, seus membros são religiosos, que vivem o ser Igreja como distinta do mundo.
Também a ação da pessoa consagrada tem uma orientação diferente:
• Na consagração secular, a pessoa exerce sua profissão de acordo com suas próprias habilidades, em áreas e lugares comuns a leigos e leigas;
• Na consagração religiosa, a pessoa deixa o que está fazendo para fazer outra coisa, de acordo com o carisma do instituto, que define e governa a ação da pessoa.
Os conselhos evangélicos, que são expressão da Consagração, são comuns a toda a vida consagrada, tendo enfoques específicos:
A Castidade Consagrada, Virgindade Cristã ou Celibato pelo Reino é igual nos dois modelos: significa opção exclusiva por Jesus Como Único Amor, Único Necessário e renúncia ao matrimônio terreno.
A Pobreza Evangélica para os religiosos implica em não possuir bens em seu nome, e viver do caixa comum. Para os Consagrados (as) Seculares, comporta administrar os seus bens e seu salário evangelicamente, repartindo com os pobres.
A Obediência para os religiosos consiste em obedecer aos superiores constituídos. Nos Institutos Seculares consiste na obediência aos moderadores do Instituto, às leis civis e autoridades constituídas.
Há também símbolos que falam de cada proposta: para os Institutos Seculares é o fermento na massa, “desaparecem” para fazer crescer a massa; para os Religiosos é a luz sobre a montanha, que é visível a todos.
Quanto à formação, em ambos os casos deve ser de acordo com as etapas previstas no Direito Canônico, para toda a vida consagrada. Difere no local da formação. Enquanto os candidatos e candidatas à vida consagrada secular – de forma geral, fazem toda a formação e vivem a vida em suas próprias casas ou de sua família; os candidatos (as) à vida religiosa saem de suas casas e são formados na casa do Instituto ou congregação.
A Exortação Apostólica Vita Consecrata nº 10, assim fala dos Institutos Seculares: A pertença total a Deus os torna plenamente consagrados ao seu serviço. A sua atividade contribui para a animação evangélica das estruturas seculares, com uma presença incisiva na sociedade.
Os membros de Institutos Seculares são “consagrados (as) seculares”, segundo o Papa Paulo VI, que escreve: “Pertenceis à Igreja a título especial, o vosso título de seculares consagrados”.
Diz também: “tendes uma missão de salvação a cumprir para com os homens do nosso tempo; hoje o mundo tem necessidade de vós, que viveis no mundo para abrir ao mundo os caminhos da salvação cristã”. Portando, é incorreto chamar de “Leigos (as) consagrados (as)”. Esta expressão é adequada para os membros de Associações de Fiéis, cuja consagração não muda o seu estado de vida.